Markus Zuzak em A Menina que Roubava Livros \o/

By Lory

Bem, não sei dizer se Markus Zuzak é um autor muito conhecido, mas sei que para mim ele entra na lista de Queridos/Amados/Adorados/Talentosos/Criativos/ Tuuuuuudo Melhores Escritores, e não é apenas porque seu livro (A Menina Que Roubava Livros) entrou na lista de Best Seller do New York Times (o que acontece com QUALQUER livro atualmente u.u)  por mais de 100 semanas (\o/ ... Eu tbm me assustei com o número O.o). Não, não é por isso. Markus Zuzak é um dos Melhores Escritores da sua geração pois além de sua autenticidade óbvia, e talento ÚNICO, sua escrita me fez derramar um litro de lágrimas (Nana: Lembrei de um dorama!! *0* ; Lory: Ela ama animes, doramas e blás). A História do livro é única e extremamente especial, sei que em alguns momentos é massante e cansativa, mas o jeito como é narrada é tão extremamente especial (Lory:Não tenho outra expressão =S ; Nana: Falta de vocabulário é foda XD) que tira o fôlego, afinal o tema é Hitler e sua guerra contra os judeus, porém com um ponto de vista totalmente novo. A narradora é nada mais, nada menos que a "pessoa" que presenciou todos os fatos, a morte.


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No meio da Alemanha nazista liderada por Hitler se encontra uma menina chamada Liesel Meminger, com o passado cheio de tristezas e más lembranças. Liesel foi separada de sua mãe para viver com Hans e Rosa Hubermann, que apesar de tudo se tornam seus verdadeiros pais. Muitas coisas acontecem na vida de Liesel desde então, porém esse não é o espírito que o livro nos passa. Por isso deixarei a verdadeira narradora falar. Eis o que ela diz:

MORTE E CHOCOLATE

Primeiro, as cores. Depois, os humanos. Em geral, é assim que vejo as coisas. Ou, pelo menos, é o que tento.

• EIS UM PEQUENO FATO •
Você vai morrer.

Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.

• REAÇÃO AO FATO SUPRACITADO •
Isso preocupa você?
Insisto — não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta.
— É claro, uma apresentação.
Um começo.
Onde estão meus bons modos?

Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei você embora gentilmente.

Nesse momento, você estará deitado(a). (Raras vezes encontro pessoas de pé.) Estará solidificado(a) em seu corpo. Talvez haja uma descoberta; um grito pingará pelo ar. O único som que ouvirei depois disso será minha própria respiração, além do som do cheiro de meus passos. 

A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?

Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar.

• UMA PEQUENA TEORIA •
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa.
Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.

Já que aludi a ele, o único dom que me salva é a distração. Ela preserva minha sanidade. Ajuda-me a agüentar, considerando-se há quanto tempo venho executando este trabalho. O problema é: quem poderia me substituir? Quem tomaria meu lugar, enquanto eu tiro uma folga em seus destinos-padrão de férias, no estilo resort, seja ele tropical, seja da variedade estação de inverno? A resposta, é claro, é ninguém, o que me instigou a tomar uma decisão consciente e deliberada — fazer da distração minhas férias. Nem preciso dizer que tiro férias à prestação. Em cores.

Mesmo assim, é possível que você pergunte: por que é mesmo que ela precisa de férias? De que precisa se distrair?

O que me traz à minha colocação seguinte.

São os humanos que sobram.

Os sobreviventes.

É para eles que não suporto olhar, embora ainda falhe em muitas ocasiões. Procuro deliberadamente as cores para tirá-los da cabeça, mas, vez por outra, sou testemunha dos que ficam para trás, desintegrando-se no quebracabeça do reconhecimento, do desespero e da surpresa. Eles têm corações vazados. Têm pulmões esgotados.

O que por sua vez, me traz ao assunto de que lhe estou falando esta noite, ou esta manhã, ou seja lá quais forem a hora e a cor. É a história de um desses sobreviventes perpétuos uma especialista em ser deixada para trás. É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outras coisas:

* Uma menina
* Algumas palavras
* Um acordeonista
* Uns alemães fanáticos
* Um lutador judeu
* E uma porção de roubos

Vi três vezes a menina que roubava livros.

Nossa Classificação:

TODOS os bolinhos

2 comentários:

Marina disse...

Com certeza vou ler este livro! LINDO, AMEI! voces sao demais, adoro os posts de voces! beijoos

Sweetesthing disse...

\o/
Valeu Marina!! Leia sim, é suuuuuper =D

Ps: Obrigada por comentar!!

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